A Nossa Língua é Internacional
Mostrar mensagens com a etiqueta Nacionalismo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Nacionalismo. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

59ª Aniversário do passamento do Companheiro Daniel

Para começar de novo coas actualizaçons deste blogue, nada melhor que faze-lo homenageando ao guieiro de tantas e tantas gentes deste nosso país chamado Galiza.

Guieiro que, pouco antes da meia-noite do 7 de Janeiro de 1950, no Sanatorio do Centro Gallego de Buenos Aires, falecia. El era, Alfonso Daniel Manuel Rodríguez Castelao (Rianxo, 30 de Janeiro de 1886 - Buenos Aires, 7 de Janeiro de 1950).

Para lembrá-lo, coloco-vos um vídeo da cançom "Compañeiro Daniel" de Suso Vaamonde.

Compañeiro Daniel de vida innumerable
como os astros do ceo i os camiños do mar
na tenebrosa noite da patria inhabitable
témoste no recordo con mao á luz alba.
A ti falo Daniel morto lonxe da terra
es noso i a túa luz alumea a escuridá
que nos deixou a historia de tres anos de guerra
en que os lobos mataron a luz e libertá.

Compañeiro Daniel, as pistolas sonaban
i enloitaron cunetas con sangue loitador
as pistolas sonaban i os panbidos berraban
a terrible victoria do odio e do terror.
E ti fúcheste lonxe predicar no deserto
pra erguerdes un exército que endexamais loitou
e morriches un día sin veres entreaberto
o camiño da volta que a túa alma soñou.

Pro na Patria abatida e do pobo explotado
nacimos nós os fillos da morte e do tristén
percurando furiosos vinganza e novo Estado
i unha roxa alborada sin cabo nin comén.
I a ti bo compañeiro que o furacán aleibe
matou desesperado na outra banda do mar
prometémosche a terra dunha Galicia ceibe
pra enterra- los teus ósos onde teñen que estar.

E, por se fosse pouco, coloco-vos também, umha ladainha do poeta fisterrám Modesto Fraga dedicada ao Mestre

A Castelao

Alborexaba a luz e, sen embargo,
escura dor de sombras nos traía
aquel xaneiro. Estraña noite fría
no irmandiño medulio máis amargo.

Alborexaba a luz e, sen embargo,
<<a verdade e a vida>> devecía
o luceiro da patria enmudecía
coa semente a abrollar, cruel letargo.

Alborexaba a luz e o pobo enteiro
-terra galega da nación chegada-
deixaba de alumar na noite esquiva.

Compañeiros do ilustre rianxeiro;
Gumersindo, Miguel, Virxinia, Prada:
<<¡a bandeira da patria segue viva!>>

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Cea Homenaxe a Marcos Valcárcel en Ourense

O vindeiro sábado, día 29, os amigos/as e admiradores dunha das persoas máis sabias e de maior calidade humana que coñezo, Marcos Valcárcel, teremos ocasión de reunirnos con el para acompañalo nunha entrañable cea-homenaxe que terá lugar no restaurante San Miguel de Ourense.

Polo que a min respecta, salvo ataque biolóxico ou atómico de ultimísima hora que o impida (cousa que, por outra banda e polo ben común, agardemos non ocorra) estarei acompañando ao amigo nese acto de presentación do seu novo libro, Historia de Ourense (Edicións Xerais de Galicia, 2008), a bo seguro inzado de maxisterio e sabiduría por todas partes.

Para os/as que queirades sumarvos, velaí vai máis información:

CEA HOMENAXE a MARCOS VALCÁRCEL.

Ourense, Sábado 29 de Novembro de 2008 , ás 21:00 horas, Restaurante San Miguel.
RETIRADA DE TARXETAS:

As tarxetas para a asitencia á Cea poderanse retirar en Ourense, desde o venres día 7 de novembro, en tres lugares: No Liceo, na Casa da Xuventude e no Restaurante Sanmiguel. O custo da cea é de 30 euros.

Para aquelas persoas de fóra de Ourense que queiran asistir, habilitamos unha conta de Caixa Galicia (2091 0400 88 3040045410 ) na que poden facer o ingreso desa cantidade indicando o nome do participante. Posteriomente, o mesmo día da Cea pódese retirar a tarxeta no restaurante co resgardo da transferencia.
Dada a previsión dunha nutrida concurrencia, rógase efectuar estes trámites canto antes, e en calquera caso, pecharanse as listas de asistencia o día 25 de novembro.

INVITACIÓN ABERTA:

A Cea Homenaxe está aberta a todas as persoas interesadas, polo que che pedimos fagas extensiva a invitación a quen consideres oportuno.

Unha cordial aperta e moitas grazas a todos.

César Ánsias / Xoán Fonseca / Benito Losada / José Carlos Martínez-Pedrayo
Eustaquio Puga / Xosé Ramón Quintana / Xosé Trebolle / Afonso Vázquez-Monxardín

Texto e imagem tirados da web oficial do autor galego Modesto Fraga Moure

sábado, 15 de novembro de 2008

Entrevista completa a Beiras no programa, já extinto, "Somos unha potenzia"

Primeira parte


Segunda parte


Terceira parte


Última parte

domingo, 10 de agosto de 2008

Grande o Mestre, coma sempre.

"Estamos fartos de ser unha colonia, e por moitas ventaxas que nos oferecese unha nova colonización queremos ditar leis para gobernarnos por elas, sen inxerencias alleas".

"En nome de Hespaña fala o seu Goberno lexítimo ou fala un gran hespañol; pero en nome de Galiza falará Galiza. Estamos fartos de imperialismos".

"Eu dígovos que os galegos sóio impoñeremos respeito cando se nos considere capaces de tronzar os vencellos que nos xunguen a Hespaña e cando nós mesmos deprendamos a vivir con absoluta independencia dos hespañoes".

Alfonso Daniel Manuel Rodríguez Castelao

Frases tiradas do blogue Foulas

terça-feira, 29 de julho de 2008

Erguede-vos, moç@s galeg@s

Abre-se o caminho cara a luz do infinito.
Passos cansos começam a irromper,
o corpo corrupto deixa-se morrer
e tu segues sem saber o que te necessito.

Tentar, tentei-no, mas já nom podo mais.
Nom te conseguim até agora e já nom o farei.
Deixo aos que venham atrás o que nunca logrei
e que eles continuem a lutar pola sua mãe.

Soavas nos meus ouvidos como algo possível.
Por isso, busquei por ti sem te encontrar,
mas sabendo que eras quase intangível.

Ó independência! Clama por ti umha naçom.
Alcançar-te é tarde para este velho perdedor,
mas fica-lhe aos novos cumprir essa missom.

Santo2000

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Independência


A independência, numa ordem diferente de cousas, é claro, é para a mente que se quer pensar livre como o alimento é para o corpo que se quer vivo; e do mesmo jeito que os que vivem na fartura nunca se preocupam dos alimentos que lhes sobram, os que vivem em territórios com independência não se têm de preocupar por ela. A necessidade de independência se sente só quando a não temos, o mesmo que a necessidade de comer se sente só quando temos fome.

Uma pessoa que nunca na sua vida tivesse sentido fame dificilmente poderia imaginar como se sente a necessidade de comer; bom, essa pessoa provavelmente não sobreviveria muito tempo. Com a necessidade de independência sucede algo similar, as pessoas que moram em lugares que são independentes não sabem o que é sentir essa necessidade, porque nunca a sentiram, e negam que essa necessidade mesmo exista... E isto não só é egoísta, mas também é irracional. Imaginemos o que aconteceria se a gente que vive instalada na opulência neste planeta negasse o direito dos que morrem esfameados a tentarem procurar alimento... e em certo sentido isto também se esta a fazer, porque é um facto que há gente, mesmo crianças, morrendo por inanição...

Uma prova de que todo o mundo, todos os países, querem a independência, é que estes contam com um grupo armado para defendê-la a todo custo; e se há algum que não tenha este grupo armado, rapidamente o constitui, ou o procura entre seus amigos para defender a sua independência caso esta estar em perigo. Os grupos armados, os exércitos, não são como um grupo de dança ou uma banda de música para amenizar as tardes outonais; não, um exército é um grupo armado para defender a independência do país ao que pertence.

Então podemos deduzir que todo o país com sua independência, com seu grupo armado para defendê-la, é a favor da luta armada, ou então não teria exército; e este modelo dos países independentes é com frequência copiado polos países que não têm independência, para conseguí-la, e uns conseguem e outros não, mas mentes não conseguem todos são chamados de terroristas. Mas fora dessa forma de os nomear, as duas diferenças que eu ressaltaria são, em primeiro lugar, que os grupos armados dos países independentes têm muito mais poder (que não se deve confundir com legitimidade); e em segundo, que os que procuram a independência encontram-se com uma dificuldade acrescentada, e é que há algum outro que lhe nega o seu direito a ser independente, e mesmo lho tenta impedir.

Fora estas duas, eu não vejo maiores diferenças entre uma e outra forma de luta armada; e mesmo sendo eu contra toda forma de luta armada, como o foi Martin Luther King ou como o foi Gandhi ou como também o era Castelao, há uma cousa que acho paradoxal, e é que aos países a quem se lhes nega o direito a serem independentes, lhes é negado por outros que sim o são, e têm seu grupo armado para defendê-la, e isto eu chamo de hipocrisia, e não me parece aceitável, porque o não posso entender. Como não poderia entender que os que vivem na opulência roubassem os alimentos dos esfameados, e não por eles necessitar essa comida para viver, mas só para que os outros não vivam...

Por tanto, tentar evitar que um povo, que por circunstâncias históricas perdeu a sua independência, a recupere, é fazer que esse povo se mantenha submetido, é negar-lhe os seus direitos, e é certamente negar o próprio povo, e é também, sem dúvida, querer mantê-lo escravo... é enterrá-lo em vida, o que é a pior forma de morte... Porque para morrer todos sabemos que nascemos, e aceitamos; o que não temos por que aceitar é nascer para não existir... Neste sentido a luta pola independência é a luta pola existência; e esta luta, embora deve ser sempre levada a cabo sem usar armas que atentem contra a vida física das pessoas, é o único jeito de liberdade que nos resta...

terça-feira, 22 de julho de 2008

España, una sola nación de ciudadanos.

Quando falamos de nacionalismo espanhol sempre se nos vai a cabeza a pensar na ultradereita, ou nom tan ultra, mas também hai casos de esquerda ou ultraesquerda espanholista, um bom exemplo e o posto hoje aquí, ainda que poderia pôr qualquer outro.

Em primeiro lugar: Nom por ser nacionalista, já seja basco, catalám, galego ou de qualquer naçom sem estado, tés de ser de dereitas (podes sê-lo, nom o nego), defender a burguesía, ao capitalismo ou qualquer manifestaçom rancia-conservadora.

Em segundo lugar: Eu nom quero uma Espanha melhor, eu o que quero é uma Galiza melhor, ceive e socialista e solidária, isso si, cada povo que lute polo seu, se se pode ajudar, ajuda-se, mas fazer nós tudo o trabalho para que venham outros levar os benefícios, isso nunca, já bastante fama temos de parvos. Solidários si, parvos nom.

Em teceiro lugar: Já estou até os colhons, perdom polo palavro, mas é o que sinto, de que nos ignoren e que nos tenham à marge em tudo, por exemplo e ainda que semelhe uma parvada, o outro dia num espaço de Antena 3, chamado "Crono, el buen estado de las playas" falavam de Espanha como o estado com mais bandeiras azuis. A continuaçom, falava-se do bom tempo que fazía polo Levante para terminar dizendo que polo norte ia chover. Em nengum intre dixerom que Galiza é a "regiom" que mais bandeiras azuis tem do mundo e que aqui, mais concretamente nas ilhas Cies, está a praia com a auga mais limpa, isso nom o dim porque igual podemos ganhar-lhe algo do turismo ao Mediterráneo.

Como dixo Castelao: "Estamos fartos de ser uma colónia", mas tampouco queremos ser vasalos nem da igreja, nem do exército, nem da economia, nem de nada. O povo galego tem de entender duma vez por todas que o melhor para nós, por ser tradicionalmente marinheiros e labregos (ainda que isso está a trocar) é sermos uma naçom economicamente marxista, único sistema que defende realmente os interesses do povo.

E para acabar, basta já dos tópicos, como que os galeg@s somos ignorantes, imbéciles, que o nosso acento é gracioso...

Viva Galiza ceive e socialista!!!

O texto foi tirado de: http://www.fotolog.com/gueceteiro/18984370

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Escudo da Nova Galiza

O escudo que hoje preside este blogue foi desenhado por don Alfonso Daniel Manuel Rodríguez Castelao como símbolo da Nova Galiza que se estava a construir.

Velaquí as verbas do insigne galeguista a respeito da criaçom do escudo:

"O emblema comunista -fouce e martelo cruzados- que expresa a unión entre obreiros e campesiños, atrae a nosa atención, porque quixéramos dar cun símbolo igoalmente afortunado que representase a unión dos labregos e mariñeiros de Galiza". "Non nos queda máis remedio que a fouce de ouro sobor dun fondo azul e estrela vermella, como lemas do Traballo e da Liberdade (con maiúsculas). Ourelando o escudo, cumpriría deixar patente o martirio de Galiza". (Martirio de Galiza por ser vítima secular do centralismo-asimilista). Este é o significado de "Denantes mortos que escravos". "E a sirea -continua Castelao-, que perteñece á heráldica galega, como símbolo mariño que fale do engado atlántico, orixe das nosas aventuras".

domingo, 6 de julho de 2008

Fundaçom Artábria anuncia nova campanha a prol do Dia das Letras 2010 para Carvalho Calero

RAG elegeu hoje Ramón Pinheiro para o Dias das Letras 2009


PGL - A RAG elegeu hoje Ramón Pinheiro, o candidato pró-oficialista, como figura a homenagear no próximo Dia das Letras em 2009. Mais umha vez, as esperanças de todo o pessoal que tem trabalhado a prol do reconhecimento do Dia das Letras para Carvalho Calero batérom com a RAG e o roteiro marcado polo representante do "galeguismo difuso".

Mas a luita continua, da Fundaçom Artábria emitiram para já um comunicado através do qual anunciam que "desde hoje mesmo começa umha nova campanha para pedir que o ano 2010, em que se cumpre o 1º centenário do nascimento de Ricardo Carvalho Calero, seja o ano do professor ferrolano como figura reconhecida e homenageada".

A respeito de Ramón Piheiro, muitos sectores, além do próprio reintegracionismo, coincidem em classificar a sua figura como bem funesta para o galeguismo linguístico e político, nomeadamente na década de setenta e oitenta do século passado.

Comunicado da Fundaçom Artábria

Tendo conhecimento de que, mais umha vez, a Real Academia Galega voltou a rejeitar a proposta realizada pola nossa entidade, e apoiada por tantas outras associaçons, instituiçons, partidos, sindicatos, centros sociais, centros de ensino, etc, que durante o último ano reclamamos um reconhecimento institucional para um dos grandes do século XX galego, a Fundaçom Artábria anuncia que desde hoje mesmo começa umha nova campanha para pedir que o ano 2010, em que se cumpre o 1º centenário do nascimento de Ricardo Carvalho Calero.

Sabemos, porque está mais do que comprovado, que a chamada 'Galicia Oficial' nom gosta do que Carvalho Calero representa para a nossa cultura e para a nossa língua: umha dimensom internacional para umha Galiza em construçom como naçom soberana. Porém, também sabemos que torres maiores caírom e quer a oficialidade actual, quer a que venha, terám que acabar reconhecendo o valor da obra do intelectual ferrolano, galego e universal.

Agradecemos a todas entidades e pessoas que aderírom à campanha que agora damos por concluída, e esperamos contar com todas elas e com mais galegas e galegos para o próximo objectivo: Carvalho, Letras Galegas '10 !!!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Carvalho Letras Galegas'09

ADESONS INDIVIDUAIS

1.- Xabier Dourido Doval (Neda)
2.- Xosé Teixido Vidal (Narom)
3.- Carme Campo Martins (Porrinho)
4.- Bruno Lopes Teixeiro (Ferrol)
5.- Ramiro Vidal Alvarinho (Oleiros)
6.- Ernesto Lopes Dias (Ferrol)
7.- Aida Vasques Varela (Corunha)
8.- Íria Rodrigues Seixo (Fene)
9.- Maria Alvares Rei (Compostela)
10.- Esperanza Rocamonde Igrejas (Compostela)
11.- Maria Garcia Blanco (Lalim)
12.- Luis Iglesias Rodrigues (Lalim)
13.- Erea Estevez Campos (Corunha)
14.- Mª Xosé Abeijom (Corunha)
15.- Narciso Vasques Garcia (Corunha)
16.- Dolores Garcia Fernández (Pontedeume)
17.- Francisco Varela López (Ares)
18.- Xoán Iglesias (Pontedeume)
19.- Arturo Salorio (Pontedeume)
20.- Francisco Martins Rodrigues (Ferrol)
21.- Juan Aguiar (Neda)
22.- Fátima Pita Pérez (Fene)
23.- Manuel Diaz Armentia (Ferrol)
24.- Mercedes Ces Riobóo (Narom)
25.- Jaime Mosquera Moré (Neda)
26.- Paulo Rico Painceiras (Ferrol)
27.- André Pena Rodrigues (Ferrol)
28.- Eduardo Carpente (Pontedeume)
29.- Natividad Grandal Crespo (Narom)
30.- Monica Otero Beceiro (Ferrol)
31.- Estela Iglesias (Ferrol)
32.- Luis Suarez Ruiz (Ferrol)
33.- Luis Pena Mosquera (Viveiro)
34.- Carme López López (Viveiro)
35.- Alfredo Irixoa Neira (Corme)
36.- Rubén Sequeiro López (Ferrol)
37.- Saleta Cundis Fernández (Corunha)
38.- Carlos Garcia Seoane (Ferrol)
39.- Ernesto Espinha Calo (Cambre)
40.- Sofia Arrebola (Cambre)
41.- Fernando Martins Lopes (Narom)
42.- J. Luis Fernández Fernández (Lugo)
43.- Fermin Castro Fernández (Pontedeume)
44.- Oscar Vázquez Rivera (Pontedeume)
45.- Miguel Carpente (Pontedeume)
46.- Ana Vizoso (Pontedeume)
47.- Carmem Otero (Pontedeume)
48.- Monica Santiago (Narom)
49.- Montse Diaz (Narom)
50.- Rafa Odea (Vigo)
51.- Maria Cerdeiro (Arteixo)
52.- Raquel Hermeda (Sam Sadurninho)
53.- Elena Diaz (Neda)
54.- José Luis Cunha González (Ferrol)
55.- Xosé Riveiro (Sada)
56.- Irene Ruiz (Mugardos)
57.- Antón Castro Ferreiro (Pontedeume)
58.- Rosalia Cortizas Leira (Ferrol)
59.- Oscar Fojo Lamas (Ferrol)
60.- José Sanmartim Bouça (Fene)
61.- Miguel Anxo González Garcia (Ferrol)
62.- Mª Isabel Sanles Bacelo (Ferrol)
63.- José Maria Rodriguez Aneiros (Ferrol)
64.- Cristina Corral Campelo (Ferrol)
65.- Cristina Amor Faya (Ordes)
66.- Silvia Amor Faya (Ordes)
67.- Antóm Fortuna Rodriguez (Ferrol)
68.- José Dias Cadaveira (Compostela)
69.- Eliseo Zaera Rios (Ferrol)
70.- Alexandre Carrodeguas Martin (Valdovinho)
71.- Mónica García Pérez (Compostela)
72.- Luz Torrente López (Mugardos)
73.- Xende Lopes Teixeiro (Ferrol)
74.- Carlos Xabier Martinez Louro (Ferrol)
75.- Luis Losada Barros (Ferrol)
76.- Chema Fernández Alonso (Ferrol)
77.- Xosé Luis González Sende (Compostela)
78.- Miguel Garcia (Lira)
79.- Xosé Penabade González (Compostela)
80.- Aurora Rivas Hernández (Ferrol)
81.- Mª Xosé Doce Rey (Ferrol)
82.- Comba Campoy Garcia (Compostela)
83.- Xacobo Castro Torres (Compostela)
84.- Yolanda Diaz (Ferrol)
85.- Andrés Meizoso (Ferrol)
86.- Antonio Romanis (Compostela)
87.- Carlos González Meixide (Corunha)
88.- Carlos Morais Álvares (Compostela)
89.- Oscar Peres Vidal (Narom)
90.- Manuel Pérez Vidal (Narom)
91.- Eva Quintela Fernández (Narom)
92.- Avelino Calvo Romero (Narom)
93.- Cristina Martinez Padin (Narom)
94.- Rocio Doce Teijeiro (Narom)
95.- Alexandre Lois Romero Maseda (Minho)
96.- Álvaro Lamas Banhos (Vigo)
97.- Noa Rios Bergantinhos (Ponte Vedra)
98.- Igor Lugris (Ponferrada)
99.- Jesús Calvo Pita (As Pontes)
100.- Cristina Meizoso Alonso (Ferrol)
101.- Marga Blasco Fernandes (Vigo)
102.- David Filgueiras Cabaleiro (Corunha)
103.- Leandro Lamas Ermida (Neda)
104.- Xosé Tubio Rodríguez (Cambre)
105.- Lucía Rodríguez Cao (Cambre)
106.- Marcos Sebastián Pérez Pena (Neda)
107.- Antonia Teijeiro Losada (Ferrol)
108.- Maurício Castro Lopes (Ferrol)
109.- Maria J. Diaz Pinheiro (Lugo)
110.- Maria Ósorio López (Compostela)
111.- Lucía Leiros Comesaña (Vigo)
112.- Marcelo Rodríguez Acosta (Porrinho)
113.- João Fontenla Figueroa (Lugo)
114.- Vítor Andrade Vasques (Corunha)
115.- Javier López (Barcelona)
116.- José Ramao Garcia Carvalheira (Corunha)
117.- Xosé Constenla Vega (Compostela)
118.- Afonso Mendes Souto (Corunha)
119.- Maria Gomez Diaz (Lugo)
120.- Brais Santomil Cao (Compostela)
121.- Diego Bernal Rico (Corunha)
122.- Joám Peres Lourenço (Compostela)
123.- Roberto Rodriguez Fialmega (Vigo)
124.- Aarom Lopez Rivas (Compostela)
125.- Carlos Barros Gonçalves (Compostela)
126.- Zélia Garcia Parra (Vigo)
127.- Roi Ribeira Becerra (Compostela)
128.- Jéssica Vilas Martinez (Bertamiráns)
129.- Iris Carro González (Bertamiráns)
130.- Miguel Quintáns López (Compostela)
131.- Rubén Melide Romai (Amés)
132.- Adrián Mosquera Pazos (Bertamiráns)
133.- Francisco Pérez Dieguez (Verim)
134.- Dolores Pérez González (Verim)
135.- Xosé Garia López (Padrom)
136.- Joxemari Etxaniz Zorrilla (Compostela)
137.- Santiago Rouco Santos (Compostela)
138.- Miguel Monteagudo Frangueira (Compostela)
139.- Fernando López López (Compostela)
140.- Marta Ramos López (Lugo)
141.- Rosana Valle Yañez(Burela)
142.- César Campos Carvalhude (Compostela)
143.- Manuel Amor Couto (Compostela)
144.- M. Felisa Rodríguez Prado (Compostela)
145.- Carlos González Figueiras (Compostela)
146.- Carmen Villarino Pardo (Compostela)
147.- Carlos Quiroga (Compostela)
148.- Xavier Rodríguez Somoza (Corunha)
149.- Iago Montes Martínez (Ferrol)
150.- André Cerdido Pastor (Ferrol)
151.- Roberto Bouça Orosa (Burela)
152.- Vítor Manuel Lourenço Peres (Ourense)
153.- Manuel Pinheiro Gonzales (Cangas)
154.- Paula Pereira Carreiro (Ponte Vedra)
155.- Manuel Sánchez Díaz (Mos)
156.- Carlos Calvo Varela (Ordes)
157.- Diego Pérez Cordeiro (Moanha)
158.- Santiago Balea Durán (Ponte Vedra)
159.- Gonzalo Corral Hernández (Ponte Vedra)
160.- Antia Marinho Ribadulha (Ponte Vedra)
161.- Andrés Argibay Montes (Ponte Vedra)
162.- Javier Baladrón Pazos (Ponte Vedra)
163.- Jorge Outeiro (Ponte Vedra)
164.- Laura Quintillán (Ponte Vedra)
165.- Odin Suarez Perez (A Lama)
166.- Ivan Varela (Redondela)
167.- Rafael Maqueira Calza (Ponte Vedra)
168.- Anjo Torres Cortiço (Bueu)
169.- Noa Rios Bergantinhos (Ponte Vedra)
170.- Henrique Torres Fernández (Ponte Vedra)
171.- Aarón Silva Sanchez (Ponte Vedra)
172.- Hector Fernández Gandara (Ponte Vedra)
173.- Alfonso Diaz Andrés (Ponte Vedra)
174.- Víctor Vieitez Vidal (Ponte Vedra)
175.- Borja González Castro (Ponte Vedra)
176.- Jorge Outeiro (Ponte Vedra)
177.- David Rodríguez Alonso (Poio)
178.- Fernando Alba Pérez (Combarro)
179.- Adriám Argivai Pedrosa (POnte Vedra)
180.- Ignácio Martinez Martinez (Ponte Vedra)
181.- Alexandre Rios Bergantinhos (Ponte Vedra)
182.- José Miguel Pérez Blecua (Moanha)
183.- Jorge Pérez Blecua (Moanha)
184.- Alejandro Barreiro Pérez (Ponte Vedra)
185.- Sofia Quiñonero Linde (Madrid)
186.- Xaime Cortázar (Ponte Vedra)
187.- Roberto Pérez (Ponte Vedra)
188.- Laura Arjonilla (Corunha)
189.- Diego Santório (Vigo)
190.- Antón Álvarez Sanz (Oleiros)
191.- Eduardo Lorente Andrade (Compostela)
192.- Cilha Lourenço Módia (Corunha)
193.- Alva Martínez Teixeiro (Corunha)
194.- María Luísa Moreda Leirado (Lugo)
195.- Xoán Luís López Viñas (Corunha)
196.- Leticia Eirín García (Corunha)
197.- Carme Fernández Pérez-Sanjulián (Corunha)
198.- Ofelia Río González (Burela)
199.- Águeda María Fernández Villares (Lugo)
200.- Bernal Vilela López(Corunha)
201.- Moisés Castro López (Corunha)
202.- Ana Martins Fernández (Corunha)
203.- Manuel Lourenzo Pérez (Corunha)
204.- Montserrat Modia Olalla (Corunha)
205.- Brandán Lourenzo Modia (Corunha)

Estas som as adesons individuais da campanha feita pola Fundaçom Artábria para que lhe dedicassem o Dia das Letras Galegas 2009 a D.Ricardo Carvalho Calero. Já nom é possível, porque o próximo ano o dia das nossas letras estará dedicado a Ramón Piñeiro. Ainda assi, adire-te a esta campanha para que a R.A.G. se entere da quantidade de gente que está a favor de um Dia das Letras Galegas para D.Ricardo. Para isso, tés de premer aqui e encaminhar um correio com nome e apelidos, bilhete de identidade e localidade. Os dados enviados nom aparecem no momento na listagem de adesons, tés de aguardar muito tempo, mas ao final aparecem.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Elias J. Torres Feijó: «Para que nos serve umha cultura? Sistemas e planificaçom cultural na Galiza»

«Devemos evitar o confronto social-civil para conseguir maior adesom ao carácter vertebrador da língua»

A Esmorga / MDL / PGL - «As comunidades precisam de elementos culturais para funcionar sobre a base da sua coesão social. Nos seus processos e por diferentes mecanismos vão seleccionando aqueles em que se reconhecem com maior facilidade, aceitando ou resistindo propostas, imposições, etc.», assim podemos apresentar a interessante conferência que, subordinada ao título «Para que nos serve umha cultura?: Sistema e planificaçom cultural na Galiza», pronunciará o professor Elias J. Torres Feijó nesta quarta-feira, dia 16 de Abril, no quadro das I Jornadas de Língua em Ourense. Um acto a nom perder que está marcado para as 19h30 na sala 04 do Edifício de Ferro do cámpus universitário da cidade das Burgas.

O vice-reitor da Universidade de Compostela, bem como vice-presidente da Associação Internacional de Lusitanistas, debruçará sobre algumas dessas propostas, imposições, etc. que acabam mesmo por ser interpretadas como inerentes ("essenciais") à (não 'da') comunidade por parte de algumas elites ou grupos.

Segundo Torres Feijó, isto pode empecer as tomadas de decisão para a continuidade da comunidade e a sua coesão e pôr em risco o próprio objectivo que se persegue, ao perder de vista o carácter instrumental desses elementos, fixar uma hierarquia que não se corresponde com os valores e desejos da comunidade ou apresentá-la de modo insatisfatório para um conjunto importante da mesma. «Galiza está numa tessitura destas características. A Galiza actual está numa tessitura importante e está decidindo».

— Para que serve à nossa cidadania a língua galega e a cultura gerada em torno dela?

Para o que ela quiger. Nestes momentos, em termos positivos e para umha maioria ampla, para ter um referente colectivo coesionador simbólico e de vário tipo, lesado pola continuada polémica em torno ao uso público (e, em parte, privado) da mesma; nesse sentido mais minada que outros referentes.

— Que seria preciso para elevar a escassa valorizaçom que regista hoje?

Aumentar a sua utilidade, fazendo a maior parte da cidadania partícipe e responsável do seu mantimento e progresso, desde qualquer posiçom, mesmo do 'nom uso', evitando o confronto social-civil para conseguir maior adesom ao seu carácter vertebrador.

— Que achas em falta tacticamente no movimento nacional galego no que diz respeito da língua e da cultura?

Já responder de modo breve às outras perguntas é custoso; esta mais, ainda que julgo fica respondida na pergunta anterior. Renovo a ideia de tentar evitar a confrontaçom privada e cívica e de reexaminar os objectivos que queremos cumprir e como, fugindo do essencialismo e tentando progredir na adesom social. Julgo que rebaixar a tensom criará mais aderentes ao processo.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Galicia versus Galiza

Num artigo anterior a este falava eu de como tudo que é galego tem necessariamente que ser espanhol; agora venho de dar um passo mais à frente na minha hipótese, e logo de ter feito umas observações que vou partilhar aqui, afirmo que a relação espanhol-galego é muito mais complexa do que eu tinha antecipado e que hoje posso afirmar que... “tudo o que é espanhol é, ou é susceptível de ser, galego” .

Já o afirmava a famosa frase da Galicia Vil “el castellano es tan gallego como el gallego”

Bom, as minhas observações começaram um dia que eu passava por diante duma televisão na que se estava a ver uma série chamada “Padre Casares”. Logo de observar que nem os padres nem os que faziam de gente na série tinham nenhum feitio que eu pudesse identificar como da nossa cultura... mais bem tudo me parecia uma cópia de qualquer outra cousa... fui informada pola minha filha de que a tal série tinha arrancado com os moços do lugar a querer botar um porco (referindo-se a um dos do cortelho, e não a um de duas pernas, como muitos puderam estar a pensar) do campanário em baixo, e com o cura a o evitar...

A mim lembrou-me o porquinho de São António, que ia de porta em porta com um chocalho e cada dia seu vizinho lhe botava de comer... até que estava cevado e então o senhor cura chapava-o... Bom, pois até esse dia, o dia da tal série da TVG, esse de São António era o único porco, dos do cortelho vá, que eu tinha relacionado com a Igreja...

O assunto do campanário também me lembrou ter ouvido que lá na profunda Espanha castelhana há um lugar onde diz que tiram uma cabrita dum campanário em baixo, não sei bem para celebrar que cousa. Eu então compreendi que a tal série da TVG estava a trabalhar no projecto que eu chamo “cultural global” que consiste em conseguir que tudo aquilo que é espanhol seja também galego; e nessa série se demostra que o trabalho se pode fazer não só para o futuro, que parece bem mais fácil, senão que também para o próprio passado... se algo foi espanhol, tem necessariamente que poder ter sido galego...

Se, passados os primeiros escrúpulos, somos capazes de aceitar que nalguma aldeia das nossas alguma vez se pôde ter botado a um bichinho de um campanário em baixo, estaremos mais cerca dessa transformação total... alguns passos já se levam dado nesta direcção... e eu não vou mencionar aqui o que todos bem sabemos e nos está a bater nas ventas mesmo.

E já agora tenho que falar de Pol Pot, que surpreendentemente também aparece numa série da tal TVG, e esse sim que também não é porco nosso, nem mesmo é de muita conhecia. O porco de aqui, o único porco, que até teria pontuado bem alto no “galegómetro” é um que nascera em Ferrol de Si Mesmo, e que por acaso, por ser galego demais, ou tirano demais, não é incluído na série essa das quintas-feiras onde botam o clube dos ditadores infames.

Pois sim, assim é como está tendo lugar a transformação de tudo... e quando algo é galego demais e por tanto com dificuldades para caber dentro da Espanha, pois se elimina e prontos. Por exemplo, os actores que façam de galegos não devem ser (de poder-se evitar) galego-falantes, porque têm demasiado sotaque (apague-me aí ese seseo, hombre de dios, que se le nota a las leguas que es usted de la Cuesta de la Muerte)... Ou como um amigo meu de Lugo que também tem sido mal mirado às vezes na TVG por ter um jeito de falar que parece mais galego do necessário...

Mas tudo isto não foi inventado pola TVG, eles adoptaram esse estilo mas eles não o inventaram; não, isto já vem dos anos dourados de Hollywood, daqueles clássicos onde os índios também não serviam para fazer de índios, e usavam actores brancos tingidos, ou por vezes botavam mão dos mexicanos que dissimulavam algo melhor a cor.

E isto que eu vinha observando desde há algum tempo foi-me confirmado definitivamente polos últimos acontecidos que envolvem a Real Academia Galega e o nome do nosso país; que por ser Galiza um chisco galego demais, e portanto ter dificuldades para poder ser visto como espanhol, pois se reverte o processo e já está; se faz o espanhol ser galego e assunto ressolto... isto é como o conto de Mahoma e montanha.

Depois de assumido isto “Galicia” é tão galega (até haveria que dizer “gallega” para manter a coerência, não é?) como “Galiza”, que diria o outro; e com isso a RAG põe a “puntilla”, que já agora devo dizer que aqui não vai em referência àquelas pontilhas de encaixe com as que nossas mães nos tapavam a cara quando crianças para correr o entroido o dia da mascarada... não, não é isso, isso era antes, foram tempos... aqui “puntilla” refere-se a uma cousa afiada tipo faca pequeneira com a que nesses lugares da Espanha profunda, por ai por onde atiram animais dos campanários em baixo, espetam na cabeça a algum animal nalgum de seus rituais, e é bom nós irmos-nos acostumando a esse instrumentinho, pois algum dia, como tudo, por força, terá de ser galego.

http://www.vieiros.com/opinions/opinion/462/galicia-versus-galiza

A ideologia debaixo da língua

Há poucos dias, a intervençom da ministra espanhola da Igualdade, utilizando numha comissom parlamentar, segundo depois explicou, por lapsus linguae, a forma ‘membra’ como feminino de ‘membro’, provocou a reacçom imediata e unánime da masculinidade ferida polo que nalgum meio chegárom a qualificar de ‘maltrato ao idioma’.

Nem simpatizo com o PSOE, nem me preocupa especialmente a saúde do espanhol, mas sim me parece digna de comentário essa reacçom quase unánime, que juntou no mesmo coro de agravados algum deputado do PSOE como Alfonso Guerra, jornalistas como Pedro J. Ramírez e académicos ‘de la lengua’ como Gregorio Salvador.

O primeiro –Alfonso Guerra– pediu que se deixasse “viver sozinha” a língua espanhola, evitando impor critérios elitistas à sociedade. Curiosa pretensom dirigida à língua que detém a oficialidade obrigatória em todo o Estado, contando com um potente aparelho institucional como sustento, e que goza de muitos milhons de euros anuais dedicados à promoçom internacional através, por exemplo, do Instituto Cervantes.

Por seu turno, Gregorio Salvador, filólogo e membro da Real Academia Española (RAE), mais partidário do ‘intervencionismo’ em matéria lingüística, aproveitou também a polémica para pedir, literalmente, que o governo espanhol se deixe de “brincadeiras de mau gosto, e se ocupe de resolver problemas de desiguladade preocupantes que há em Espanha, como as dificuldades que tenhem os pais em algumhas comunidades para que os filhos estudem castelhano”.

E quanto ao presidente do jornal conservador El Mundo, Pedro J. Ramírez, praticou o velho recurso da reduçom ao absurdo, na tertúlia radiofónica em que participa, mostrando umha grande sensibilidade com a integridade do idioma espanhol e ridicularizando as pretensons igualitárias em matéria de usos lingüísticos.

Contra as idealistas pretensons de quem defende qualquer língua como essência alheia ao meio social que lhe dá vida, já nos anos vinte do século XX, um lingüista marxista da Rússia soviética formulou um princípio incontornável na análise objectiva da realidade social das línguas: o signo lingüístico é, por definiçom, ideológico.

Com efeito, Mikhail Bakhtin, um dos grandes da ciência lingüística do passado século, descreveu como qualquer formulaçom lingüística, desde que constitui umha representaçom da realidade e nom a realidade mesma, supom por definiçom umha projecçom influída por quem cria o discurso e polas condiçons em que se produz. Anteriormente, alguns antropólogos decimonónicos defenderam o contrário: que eram as línguas que determinavam as culturas, o pensamento e a visom do mundo das pessoas e dos povos.

Hoje sabemos que as línguas som, com efeito, produtos sociais, materializaçons do pensamento e das ideias confrontadas no palco social da comunicaçom, submetidas portanto ao filtro ideológico e aos valores dominantes de cada comunidade lingüística: ao contrário do que afirma o referido deputado jacobino do PSOE, as línguas nom podem “viver sozinhas”, porque dependem das pessoas, dos grupos e das formaçons sociais que as recriam continuamente, inclusive em ámbitos em que nom existe conflito lingüístico como o que corresponde à sociedade em que vive Alfonso Guerra.

Os que, como ele, como Gregorio Salvador ou como Pedro J. Ramírez, clamam em defesa das tábuas da lei da gramaticalidade, como se essas nom fossem também produto de umha concepçom social concreta, abrigam umha concepçom classista e sexista própria das elites que vetárom, em nome da ‘ordem natural das cousas’, o acesso das mulheres ao sufrágio. As mesmas ideias que ainda servem para vetar, por exemplo, a integraçom da populaçom cigana nos bairros das cidades galegas.

Nom sei se no futuro o espanhol, o catalám ou o galego-português irám habilitar, concretamente, um feminino da forma ‘membro’, certamente anti-etimológica e percebida como malsoante, critério estético e como tal mais subjectivo do que objectivo. Sei é que outras formas também contrárias às leis da lingüística assepticamente machista fôrom já habilitadas com sucesso, violentando os bons costumes académicos e o machismo oculto sob a pele do gramático. Ou como se explica, entom, a correcçom actual de substantivos como ‘presidenta’ e ‘juíza’, entre outros muitos até há poucos anos excluídos dos padrons de qualquer das línguas referidas, com base em critérios gramaticalistas?

As línguas som património exclusivo das sociedades humanas e nom entes alheios ou com vida própria para além de aquilo que os grupos sociais determinarem em cada altura histórica. Sendo tam necessário banir as flagrantes discriminaçons de que som alvo diferentes colectivos sociais por razom de sexo, de raça, de classe ou de procedência, as línguas nom podem ficar à margem desse combate pola igualdade e pola justiça, em nome de reaccionários purismos académicos. E, ainda menos, servir de álibi para quem só quer perpetuar as dominaçons subjacentes a cada uso lingüístico discriminatório.

http://www.vieiros.com/opinions/opinion/460/a-ideologia-debaixo-da-lingua

Maurício Castro

domingo, 15 de junho de 2008

O Economista nacional

“O problema da Autonomía de Galicia non é somentes un problema de diñidade colectiva, de dereito natural, de reivindicación histórica. Non. É fundamentalmente un problema de comenencia económica. A Autonomía non ficará imprantada por unha lei, nin sequer por unha votación. De verdade quedará indesarraigábel polos feitos, cando as xentes se convenzan por si mesmas de que os seus cartiños sirven pró desenrolo práitico da Nación. Progreso efeitivo, visíbel, palpábel...”

Alexandre Bóveda (Ourense 1903 - Pontevedra 1936)

Este blogue forma parte da Rede de Blogueiras/os en defensa do Galego