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quarta-feira, 6 de abril de 2011

A democácia fai-se desde abaixo

Depois de muito tempo sem escrever nada neste espaço volvo hoje para fazé-lo sobre um tema que me molesta muito, as candidaturas das eleiçons municipais. Essas que se fam pensando cara dentro e nom cara fora, nos cidadaos. Dá igual que seja em Cuscupedrinhos de Arriba ou em Compostela. A democrácia fai-se desde abaixo. Nom se teriam de seguir ordes de partido. Nom se teria que fazer umha lista pensando se um está afiliado ou se me apoiou na xunta local, e por isso o coloco no número 3, porque o 2 é da minha confiança ou porque mo meterom a calçador. Nom se pode fazer isso. Umha candidatura numhas eleiçons municipais, já nom falo dumhas nacionais ou estatais, na minha modesta opiniom, deveriam elaborar-se tendo sempre em mente quem realmente importa e quem, a final, vam ser os teus votantes. No caso de Compostela, que é do que algo conheço, é indignante que, por ser a capital se inclua a gente que nem sabe o que é a política municipal nem está inserida neste mundillo. Gente que só tenha os méritos de assistir a manifestaçons, reunións do partido ou colar cartazes nom deve nunca ser representante local. Numha situaçom assi, é dizer, na configuraçom dumha lista para representar ao teu concelho devem primar sempre as vizinhas e vizinhos conhecidas e conhecidos por trabalhar dia a dia em favor da sociedade, neste caso, local. Com isto a quem me quero referir, pois, por exemplo, aos representantes das asociaçons de vizinhos que conhecem os problemas do seu bairro ou da sua parróquia.

Nom sou um experto em política, mas o que si sei é que com este tipo de cousas agranda-se, ainda mais, a distância entre representantes políticos e cidadania. A casa começa-se a facer polos cimentos, nom polo telhado. Perguntemos-lhes a eses aos que vamos representar quais são os seus problemas e nom lho digamos nós. Como diria Groucho Marx: "a política é a arte de buscar problemas, atopá-los, fazer umha diagnose falsa e aplicar depois os remedios equivocados". Nas nossas mãos está a tarefa de mudar isto e fazer dos concelhos um lugar governado por vizinh@s e nom por políticos.

quarta-feira, 4 de março de 2009

I grew up in a place called Galiza

Ao igual que ocorrera o 23 de Fevereiro com os Oscar, o Domingo 1 de Marzo também se celebrou umha entrega de prémios. Esta nom tinha tanto glamour como a americana, mas havia muito em jogo, o destino dum país. A gala foi organizada pola Xunta de Galicia e também contou com muitas categorias. Mas a que realmente lhe importava a maior parte da gente era a de "Presidente do Governo Galego". Nesta categoria havia muit@s nominad@s, mas destacavam três: Alberto Núñez Feijoo, Emilio Pérez Touriño e Anxo Quintana.

O que jogava com vantagem era Touriño. Ia de primeiro em todas as quinielas, e já recebera o prémio havia quatro anos. O Quintana nom contava para ninguém, polo menos nesta categoria, e Feijoo, quase que tampouco. Tod@s aguardavam com desespero o resultado. O povo soberano emitira os seus sufrágios, mas ainda nom se conhecia o galardoado. Sobre as dez da noite comezarom-se a saber os primeiros dados, que por outra banda nom gostavam nada aos vencedores da anterior gala. A final, e contra tudo pronóstico, ou nom, foi Alberto Núñez Feijoo que se erigiu como novo "Presidente do Governo Galego".

Como é normal neste tipo de celebraçons, o premiado subiu ao estrado recolher o seu galardom e leu o discurso com os agradecimentos. Os primeiros em ser nomeados forom os membros do seu partido. A eles felicitou-nos pola campanha que figeram, em especial a um. Continou com o bipartito; afirmou que se nom fosse por eles e polo seu continuísmo a respeito da política que herdaram, hoje nom seria Presidente. Também houvo umha mençom especial a UPyD e a TeGa, por conseguir restar-lhe votos à coalizom de governo. Quando parecia que terminara com os seus elógios, dedicou-lhe umhas palavras a tod@s aqueles/as votantes que, estando de acordo com o tandem PSdeG-BNG votaram em branco para puni-los. Para tod@s eles/as foi o discurso de Feijoo.

A gala acabou. Os nom premiados chorarom e pedirom desculpas pola derrota e o premiado foi celebrá-lo por tudo o alto -dim que umha vitória que nom aguardas e mais sadisfatória que umha coa que si contavas-.

Até dentro de quatro anos nom se voltará repetir a cerimónia e até daquela toca perguntar-se, que vai ser de nós?

Este blogue forma parte da Rede de Blogueiras/os en defensa do Galego